terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tipos de Cliente

O Cliente é a razão de viver de qualquer agência de publicidade. Afinal, ela existe para resolver os problemas de comunicação da empresa e torná-la conhecida para o mercado e seus consumidores. Logicamente, muitos empresários têm consciência da sua importância e, como todo ser humano, comporta-se de maneiras diferente diante da equipe que ele contratou para criar e veicular suas campanhas. A seguir, vou listar alguns tipos que trabalho ou trabalhei.

O ansioso

Esse Cliente confia no trabalho da agência, mas desconfia que ela seja capaz de entregar a campanha no prazo estipulado. Por isso, liga de hora em hora para saber se o anúncio está pronto, se o outdoor vai sair no dia certo ou se o comercial não está demorando na finalização. Isso acontece mesmo que a campanha anterior tenha saído sem nenhum problema.

O dono da agência

Quando o Cliente sabe que é o maior anunciante, geralmente ele começa a dar opinião no trabalho dos criativos, enlouquecendo a agência. Às vezes, ele chega de surpresa e senta ao lado do diretor de arte para opinar sobre o tamanho do logotipo, depois confere os títulos e textos do redator e “sutilmente” sugere a sua própria idéia. Mas no final, a campanha sai com a marca da agência.

O “bonzinho”

O prazo está apertado e as peças só ficarão prontas no dia seguinte? Pode remarcar a apresentação sem problemas. Geralmente aprova tudo “de primeira”. É um tipo muito raro, mas pode ser um lobo em pele de cordeiro. Ele dá mais liberdade para trabalhar, mas se a campanha não gerar resultado, será o primeiro a apontar o dedo e até ameaçar trocar de agência.

O “difícil”

Para não dar o braço a torcer, sempre tem algo para mudar nas idéias apresentadas, mesmo que seja apenas uma cor utilizada no texto. Depois de muitas “refações”, ele não se dá por satisfeito, mas como o prazo está acabando chega à conclusão que a segunda idéia era mesmo a melhor.

O terrorista

Está sempre insatisfeito com trabalho apresentado. A cada reprovação, resolve dar uma de Osama Bin Laden e ameaçar a soberania da agência informando que “da próxima vez” vai chamar o seu próprio “designer” para fazer todo o trabalho por um “preço melhor”. Claro que ele nunca cumpre essa promessa, pois sabe que quem sairá perder é a sua própria empresa.

O negociador

Está no DNA do brasileiro sempre dar a tradicional “choradinha” e na publicidade não é diferente. O Cliente sempre acha que o serviço tá caro e pergunta se não tem como dar um desconto. Quando vê a sua oferta recusada, ameaça virar o terrorista, mas isso pode ser evitado com bons argumentos.

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É claro que essas características são variáveis e, às vezes, o mesmo Cliente tem um pouco de cada tipo. Por isso, acredito que não há solução definitiva para evitar esse comportamento de quem paga para ter criatividade nas campanhas. O jeito é achar caminhos para diminuir os efeitos nocivos que isso pode ter no trabalho.


Fonte: http://blogcitario.blog.br/2010/09/tipos-de-cliente/

Esporte é pouco explorado pela propaganda, diz Alexandre Gama

Dono da Neogama/BBH, Alexandre Gama se juntou a outros empresários em empreitada de olho na Copa do Mundo e Olimpíadas, no Brasil em 2014 e 2016. O resultado foi o nascimento da Sport Strategy, empresa que surge para entender o esporte como "ferramenta de marketing e comunicação".

Passado o furor do lançamento, ele falou ao Adnews sobre como pretende fazer a Sport Strategy ser a solução ideal para as marcas. Entre previsões e planejamento, Gama acredita que falta “estratégia e criatividade” neste mercado e que tudo ainda é muito “tático e reativo”.

Confira abaixo o bate-papo:

- O mercado de esporte é bem explorado pelas agências e anunciantes no Brasil?

Não, não é. Tudo ainda é muito tático, oportunista e reativo por parte dos dois lados. Por isso criamos a Sport Strategy. Ela foi pensada por um ano e meio para ser a resposta planejada e sob medida para responder à necessidade desse momento único no Brasil.

- O que prever do ponto de vista tecnológico? Qual mídia será o destaque para Copa e Olimpíadas?

A questão não é de meio, mas de mensagem, de conteúdo. O que falta é estratégia e criatividade. E é isso que nós podemos e iremos aportar através da Sport Strategy. As mídias serão todas, mais a criação de novas, pensadas especialmente para o universo do Esporte.

- Como vai funcionar a parceria com agências?

A Sport Strategy não é uma agência. Ela não agencia espaço, nem esportistas, nem nada. Ela é uma empresa de criatividade e estratégia com foco na marca através da ótica do Esporte. Nesse sentido, ela pode trabalhar com qualquer agência ou empresa no momento da execução da estratégia criada. A ideia é de que se Esporte é corpo, a Sport Strategy seja a cabeça, ajudando esse corpo a se mover na direção certa para a marca.

- Qual o potencial das Olimpíadas e Copa do Mundo em termos de verba para a propaganda? Quanto vai gerar?

Não há limite. O potencial é enorme. Mas o que vai determinar o aproveitamento desse potencial são as estratégias e ideias criadas especialmente para o momento. É isso que vai separar os oportunos dos oportunistas, os estratégicos dos meramente táticos. Há tanta coisa criada e pronta para ser implantada no nosso plano geral de ações que vejo faltar dias nesses próximos 6 anos para colocarmos tudo em prática.

Por Marcelo Gripa

Dani